
O ministro da Economia, Paulo Guedes, deixou de ser um “intocáveis” do governo e analistas já veem como algo possível a sua saída. Ao menos é a esta a avaliação feita pelo Barômetro do Poder de outubro, elaborado pelo Infomoney. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (2) pela Coluna do Estadão.
Em uma relação do tipo “morde e assopra” com o Poder Legislativo e até com o governo que integra, 40% dos 15 entrevistados acreditam que as chances de o “ex-superministro” deixar o governo até 2022 são muito altas ou altas; outros 47% consideram regular essa possibilidade. Apenas 13% acham pouco provável a saída de Guedes. Para a maioria, a substituição dele, se ocorrer, será em uma reforma ministerial.
De acordo com a coluna, a maioria dos analistas políticos avaliou também que são altas as chances de o Congresso aprovar até o fim do ano a autonomia do Banco Central. Ao todo, 47% dos analistas também acreditam serem altas ou muito altas as chances; 27% disseram que elas são regulares e outros 27% avaliaram como baixas. O texto está na pauta desta terça-feira do Senado. Se for aprovado, ainda precisará do aval dos deputados.
Já o Renda Cidadã – novo programa com qual Guedes pretende substituir o Bolsa Família, mas que chega ao país com atraso – só deve sair do papel em meados do ano que vem, segundo a análise. As chances de aprovação até janeiro são consideradas baixas ou muito baixas por 66% deles, contra 33% de avaliações neutras. Caso o novo programa social do governo federal não seja aprovado até janeiro, 50% dos analistas acreditam em uma nova prorrogação do auxílio emergencial pelo Planalto.
A mesma pesquisa apontou que outros 43%, no entanto, acham que o auxílio será encerrado e o Bolsa Família deverá ser retomado como está previsto na peça orçamentária encaminhada pela União ao Congresso em agosto. A edição de outubro do Barômetro do Poder foi realizada entre os dias 26 e 28 de outubro.
Com informações do Estadão