por: Mariane Del Rei Postado em: 02/12/2021 - 10:07 Atualizado em: 02/12/2021 - 17:18
A recuperação do setor de serviços não foi suficiente para alavancar o crescimento do país no terceiro trimestre deste ano. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou queda de 0,1% em comparação com o segundo trimestre, e sofreu com os impactos da inflação e da instabilidade fiscal, que prejudicaram a atividade econômica.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e se caracterizam ao conjunto de bens e serviços pesquisados pelo país.
Como foi o segundo trimestre seguido de queda na atividade econômica, o país entrou em recessão técnica.
Entre abril e junho, a economia brasileira já havia sofrido uma retração de 0,4%, informou o IBGE. Antes, a estimativa do instituto era de uma retração menor neste período, de 0,1% .
O resultado do PIB no terceiro trimestre veio abaixo das marcas do mercado financeiro, que na média previa uma expansão de 0,1%.
Economia Estagnada
A avaliação dos economistas é que a economia brasileira vem sinais de estagnação desde o segundo trimestre, quando a indústria caiu 0,2% e o consumo da famílias ficou estável. Na época, os investimentos recuaram 3,6%.
O boletim Focus , que reúne projeções de analistas de mercado, divulgado na última segunda-feira (29), mostra que instituições financeiras consultadas pelo Banco Central reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 4,80% para 4,78%.
Isso porque, apesar de uma reabertura econômica impulsionar uma ampla retomada dos setores como serviços e comércio, o país convive com uma alta de preços consistente – com taxa de 12 meses em 10, 67% -, rápida subida dos juros e um ainda elevado . A conjuntura afeta o consumo das famílias, motor principal do PIB.
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Além disso, analistas calculam que há uma elevada parcela de carregamento estatístico nas projeções, como é chamada a resultado do último trimestre de um ano para o ano seguinte. Na prática, a economia brasileira crescerá sobre uma base deprimida do ano anterior, quando tombou 4,1%.
Com informações do jornal O Globo
