O governo de Jair Bolsonaro tem escancarado cada vez mais seu viés ultraconservador. As recentes afirmações e ofensas ao movimento negro feitas pelo presidente da Fundação Palmares foram aprovadas pelo Palácio do Planalto, que fez questão de endossar a nota divulgada por ele.
No texto, Sérgio Camargo sustenta que a Palmares está sob um novo modelo de comando, em “sintonia” com Bolsonaro.
E quando o assunto é agressão verbal e violências simbólicas, Bolsonaro tem feito escola no alto escalão do seu governo.
Semelhante aos absurdos ditos pelo presidente da República na reunião ministerial do dia 22 de abril, Camargo, presidente da fundação, chamou de “escória maldita” o movimento negro.
Segundo o Estadão, para o governo de Jair Bolsonaro não há racismo, assim como não houve interferência em investigações da Polícia Federal e a pandemia do coronavírus é uma “gripezinha”.
Histórico racista
Vale lembrar que as manifestações racistas de Bolsonaro, não diferente da homofobia e da misoginia, é antigo e ganhou repercussão nacional, pela primeira vez, no programa CQC da TV Bandeirantes.
No programa, perguntado pela cantora Preta Gil sobre sua reação ao saber que um de seus filhos se apaixonou por uma mulher negra, Bolsonaro, que era deputado na época, respondeu: “eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja”.
Poucos devem lembrar, mas em 2018 o então candidato à presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, enfrentou julgamento no Supremo por crime de racismo.
Ao visitar um quilombo em Eldorado Paulista, ele disse ter percebido que “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”. E concluiu: “Não fazem nada! Acho que nem para procriador servem mais”.
Com informações do Estadão.