Resultado da péssima política econômica de Jair Bolsonaro (PL), a inflação de 2021 fechou em 10,06%. O índice é bem maior do que o estabelecido pelo Banco Central, de 3,76% e é a maior alta registrada em seis anos.
Em 2015, chegou a 10,67%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), nesta terça-feira (11).
Porém, para a população mais pobre, o impacto é muito maior. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado também nesta terça pelo IBGE, a alta foi de 10,16%. Em 2020, a alta foi de 5,45%.
O INPC é calculado com base em famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos.
Uma das propostas do PSB para reduzir o impacto da inflação nos mais pobres, é a política de valorização do salário mínimo acima da inflação.
Em seu processo de Autorreforma, os socialistas avaliam que tal medida aumenta o poder de compra da população. O que além de suprir as necessidades mais urgentes, como alimentação, é considerado um elemento essencial para o desenvolvimento do país.
Para o ex-presidente Lula, pré-candidato ao cargo nas eleições, ressalta como acaba com o poder de compra da população.
O líder da Minoria na Câmara, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) afirma que a “explosão da inflação” é resultado da incompetência e irresponsabilidade de Bolsonaro.
Onde a inflação pesou mais
Energia elétrica, combustíveis e alimentos puxaram a inflação para cima. Juntos, três grupos foram os responsáveis por 79% do IPCA de 2021: transportes (21,03% no ano), habitação (13,05%) e alimentação e bebidas (7,94%).
“Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar”, detalha o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Apesar da desaceleração observada em dezembro, o resultado foi acima do esperado por especialistas consultados pela Reuters, que previam que a inflação em 2021 chegaria a 9,97%.
O último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (10) pelo Banco Central e que reúne expectativas de analistas de mercado, confirmou que a elite financeira também subestimou a alta dos preços.
O mercado havia reduzido sua projeção de 10,01% para 9,99%.
O que o PSB pensa sobre a economia?
Os socialistas defendem que a economia deve servir como ferramenta para políticas públicas que assegurem o desenvolvimento econômico e social – assim como a soberania do país.
Por isso, o PSB é contra a lógica do tripé macroeconômico, que deixa a população de lado e tem como missão principal a garantia do pagamento de juros e serviços, amortizações e refinanciamento da dívida da dívida pública.
Tripé composto por câmbio flutuante, meta fiscal e meta da inflação.
“O PSB defende a adoção de uma política macroeconômica que enfrente de modo responsável e contínuo a mudança do paradigma atual, que tornou aceitável a vigência de uma política pública que consome mais da metade do orçamento anual da República em pagamentos de juros, amortizações e refinanciamento da dívida”
Autorreforma do PSB
Para fazer frente à lógica do mercado que rege as ações do Estado, o partido defende recuperação da capacidade de investimento público “em políticas e atividades que alterem positivamente o perfil da economia brasileira”.
Além disso, políticas de Estado para serem efetivas, não geram resultados se não estiverem alinhadas em torno de objetivos bem delineados – como redução das desigualdades, por exemplo.
O que faz necessário unir a gestão macroeconômica a uma política de industrial, de educação e de estímulos à pesquisa e ao desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação.
“Essa mudança será orientada pela adoção de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, que determinará que todas as ferramentas de gestão econômica sejam colocadas a serviço prioritário da produção, do trabalho e da redução das desigualdades sociais”, defendem os socialistas na Autorreforma.
Com informações do O Globo