*Por Domingos Leonelli
A vitoria de António Costa, do Partido Socialista, em Portugal, significa o sucesso de uma nova estratégia de desenvolvimento econômico baseada, fundamentalmente, na Economia Criativa e contrária às fórmulas da velha austeridade que privilegia o capital financeiro.
Sem abrir mão da responsabilidade fiscal, o governo da “geringonça ” socialista, comunista e verde, liderada pelo PS, optou pelo estímulo à tecnologia, ao turismo e à cultura, criando empregos e renda. O desemprego caiu de 16,2%, em 2013, para 8,9% em 2019. As exportações tiveram um aumento de 11,7% e o investimento de 9%.
O turismo explodiu em Portugal: 20 milhões de visitantes, quase o dobro da população portuguesa. É como se o Brasil recebesse mais de 100 milhões de turistas. No Brasil, recebemos apenas 6 milhões.
Foi, também, uma grande vitória política que logrou obter 36,6% dos votos elegendo 106 deputados e isolou completamente a direita cujo partido, o CDS, ficou apenas com 4,2% do votos e o direito à minguadas cinco cadeiras do Parlamento.
E o centro representado pelo PDS obteve significativos 27% do votos e 86 deputados. Isso é bom para a democracia. Uma nova esquerda é possível e viável, mesmo no marco do capitalismo, mas sem obediência cega ao mercado.
Avante Portugal!