
Integrantes do Ministério da Economia estão acompanhando com lupa a guerra aberta entre os presidentes da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e do Banco do Brasil, Rubem Novaes, por protagonismo no governo.
Para agradar aos chefes, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), os dois entraram numa disputa para ver quem consegue liberar mais dinheiro por meio do Pronampe, linha de crédito voltada às micro e pequenas empresas. Se o BB anuncia que emprestou mais do que a Caixa, o banco comandado por Guimarães trata de apresentar números melhores. E vice-versa.
A disputa, ressalte-se, começou com Rubem Novaes, cuja lentidão para emprestar recursos a empresas durante a pandemia da covid-19 foi motivo de crítica dentro do governo. Para mostrar serviço, o presidente do BB assumiu como missão pessoal superar a Caixa em empréstimos por meio do Pronampe, justamente a linha de crédito do governo que mais recebe queixas por parte de empresários.
Ressentimentos no governo
Novaes ressente-se do espaço ocupado por Guimarães. A Caixa ganhou enorme visibilidade ao criar um sistema em tempo recorde para pagar o auxílio emergencial de R$ 600. Se Guedes e Bolsonaro já elogiavam o presidente da Caixa, as demonstrações de satisfação dos chefes aumentaram.
O presidente do Banco do Brasil passou, então, a obrigar sua assessoria a mostrar que ele também está trabalhando. E que, particularmente, no caso do Pronampe, está mais ativo do que a Caixa.
Na última quinta-feira (9), o BB informou que havia esgotado seu limite na linha de crédito dentro do Pronampe, de quase R$ 5 bilhões. Até aquele momento, a Caixa havia liberado R$ 3,7 bilhões. Na segunda (13), a Caixa disse que havia atingindo o saldo de R$ 4,24 bilhões.
Com informações do Blog do Vicente, no Correio Braziliense.