
Moradores de duas favelas do Rio, onde esgoto a céu aberto e falhas no abastecimento de água são parte do cotidiano, relataram ao UOL preocupações ante o avanço do covid-19.
Medidas simples contra o contágio do coronavírus, como lavar as mãos com água e sabão ou utilizar álcool em gel, são inacessíveis a uma parcela pobre da população.
“Mesmo antes dessa pandemia, a gente já sofria com a violência histórica da desigualdade. Ter água encanada, acesso a água diariamente e outros direitos básicos nunca foi amplamente garantido a nós.”, relata Raull Santiago, 31, fundador do Coletivo Papo Reto, do Complexo do Alemão.
Para Edimilson Migowski, médico infectologista e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a situação de saneamento básico nas favelas junto ao avanço do coronavírus resultará em um cenário “muito grave”.
O Instituto Trata Brasil, que analisa o saneamento básico nos municípios brasileiros há 13 anos, classificou com nota 6, de um máximo de 10, o município do Rio de Janeiro. É o 52º município de uma lista de cem.