O Partido Socialista Brasileiro (PSB) apresentou à Câmara dos Deputados um pedido de abertura de processo no Conselho de Ética contra o deputado Gilson Cardoso Fahur (PSD-PR), o Sargento Fahur, que fez ameaças contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, durante um discurso no plenário em 9 de fevereiro.
Na ocasião, Fahur havia desafiado o ministro a “buscar” sua arma de fogo.
“Flávio Dino, vem buscar minha arma, seu merda”, disse o deputado, que fez carreira no estilo policial durão e se elegeu na onda do bolsonarismo. “Eu que dei coronhada e tiro na cabeça de bandido a vida toda vou andar desarmado?”, perguntou, ao criticar a política de revogação dos decretos armamentistas do antigo governo.
O PSB argumenta que Fahur “tenta aproveitar-se de sua imunidade material para impunemente praticar ameaça e intimidação” contra Dino, “com o objetivo de incitar publicamente o descumprimento de norma jurídica, como tivesse autoridade para estabelecer um ordenamento jurídico paralelo ao estabelecido pelos Poderes da República no âmbito do legítimo exercício da atividade normativa, ou decidir quando deve ou não ser observado pelos cidadãos”.
“Flávio Dino é uma figura pública que vem atuando incansavelmente pela pacificação do Brasil, contra a violência e em defesa da democracia. A bancada do PSB na Câmara não vai admitir esse tipo de ameaça e tomará as medidas cabíveis para que o parlamentar responda por seus atos”, disse Felipe Carreras, líder do PSB, em nota distribuída à imprensa.
O documento é assinado pelos deputados Felipe Carreras (PE), Bandeira de Mello (RJ), Duarte (MA), Eriberto Medeiros (PE), Gervásio Maia (PB), Guilherme Uchoa (PE), Heitor Schuch (RS), Jonas Donizette (SP), Lídice da Mata (BA), Lucas Ramos (PE), Luciano Ducci (PR), Paulo Foletto (ES), Pedro Campos (PE) e Tábata Amaral (SP).