O governo de Jair Bolsonaro segue em queda livre enquanto o mandatário ignora a pandemia e gasta milhões em acordos políticos com o Centrão. De acordo com pesquisa do PoderData, divulgada no fim da quarta-feira (17), a rejeição ao Planalto subiu sete pontos e alcançou o patamar de 48%.
Tal nível, o recorde de desaprovação da atual gestão, não era visto desde junho de 2020, quando o índice chegou aos mesmos 48%. Além disso, os sete pontos cresceram em apenas 15 dias, já que a última pesquisa mostrou 41% de rejeição. O grupo que avalia o governo como “regular” também caiu: eram 22%; agora são 18%.
O percentual de brasileiros que consideram o trabalho de Bolsonaro “ótimo/bom” variou apenas dentro da margem de erro da pesquisa de dois pontos para mais ou para menos, ficando em 31%. O grupo é considerado fiel seguidor do ex-capitão e integra a ala mais ideológica da base do governo, visto que mesmo nos piores momentos do desempenho do presidente, o mandatário manteve apoio de aproximadamente ⅓ do eleitorado.
A pesquisa aponta dois fatores para o aumento da rejeição a Bolsonaro: o término do auxílio emergencial e a suspensão da vacinação contra Covid-19 em diversas partes do país. Com medo de piorar sua imagem, o presidente já abandonou sua postura contrária à continuidade do benefício e admitiu que uma nova versão deve surgir em março e terá duração de 3 ou 4 meses.
“Está quase certo, não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir de… Com toda a certeza, pode não ser, né, a partir de março, 3, 4 meses, é o que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade fiscal”, disse durante evento em Alcântara (MA).
Em relação à vacina para a Covid-19, o presidente abrandou seu discurso negacionista, afirmando que nunca foi contra o imunizante. No entanto, diante da falta de organização do seu governo nas negociações, Bolsonaro ainda insiste em remédios sem comprovação científica. A ‘nova cloroquina’ é uma droga sob forma de spray nasal testada em Israel.
Com informações do Brasil 247