A pesquisa Ibope para Prefeitura de São Paulo confirmou a tendência de subida de Bruno Covas (PSDB), líder numericamente com 26%, e acirrou a disputa pela outra vaga ao segundo turno. Em queda, a campanha de Celso Russomanno (Republicanos) diz que chegou ao piso e vai subir nos próximos levantamentos.
Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB) enxergam diferente. Afirmam que o rival derrete e se apresentam como nomes que estarão no segundo turno. Hoje começa o mês da eleição, com o primeiro turno ocorrendo em 15 de novembro. É o momento em que os concorrentes vão explorar aspectos que consideram fragilidades dos adversários. Usando bom português, eles partirão para o ataque.
Nome que largou na liderança das pesquisas, Russomanno perdeu cinco pontos percentuais e está com 20%. A campanha nega uma reedição da histórica fase de derretimento, como ocorreu em 2012 e em 2016. Marqueteiro da campanha, Elsinho Mouco diz que, desta vez, será diferente porque a chapa tem estrutura e um padrinho.
Peças publicitárias de Russomanno
É uma referência ao apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que voltará a ser mencionado na próxima semana nas propagandas no rádio e na TV, mesmo com rejeição acima de 50% na cidade. A equipe de Russomanno espera um crescimento na próxima pesquisa.
“Há uma semana, o Datafolha deu 20%, agora Ibope 20%. Aparentemente bateu no piso. Agora, é crescer três pontos para brigar pelo primeiro lugar. Eleição com 11 candidatos é isso, os votos são pulverizados. Existe uma briga clara entre duas candidaturas [Covas e Russomanno] para ver quem vai ser o primeiro.”
Mouco vê França e Boulos fora da disputa. Apesar do discurso de que a briga seja com Covas, nesta semana as propagandas de Russomanno registraram uma mudança de alvo.
Houve ataques a Covas no começo, mas na sequência as peças miraram em Boulos. A tendência é que a tática continue e use munição como dizer que o rival “manipula os mais humildes”, “invade residências” e é um “farsante de esquerda”.
Uma má notícia para a campanha de Russomanno é a perda de dez pontos percentuais entre os evangélicos —queda de 38% para 28%. Mouco disse que tem dúvida sobre a veracidade deste dado. Argumentou que pesquisas internas mostram 23% de intenção de voto e 35% entre os evangélicos.
O marqueteiro acrescenta que haverá um apelo ao eleitorado das periferias com um programa de moradias populares e propostas de investimentos na saúde.
Com informações do UOL.