Nesta segunda-feira (6), deputados socialistas repudiaram o comportamento de mais um integrante do Governo de Jair Bolsonaro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que durante o fim de semana ridicularizou o sotaque e insinuou que a China, de propósito, poderá sair fortalecido com a crise do coronavírus.
Depois do Embaixador cobrar uma resposta oficial do Governo de Jair Bolsonaro, parlamentares apontaram o temor de um novo impasse diplomático com o país, que atualmente detém a maior economia do bloco formado pelos seis países emergentes (Brics).
“Só um governo totalmente irresponsável insistiria numa briga com a China, maior parceiro comercial e maior exportador de testes do coronavírus e de máscaras. Não é hora de palhaçada, Weintraub. Se não quiserem ajudar, pelo menos não atrapalhem!”, declarou o líder do partido, deputado Alessandro Molon (RJ).
Nova crise
“Mais uma consequência da desastrosa política externa do Governo Bolsonaro e das falas irresponsáveis do seu filho Eduardo”, disse o deputado Danilo Cabral (PE), referindo-se ao primeiro episódio criado com a embaixada chinesa, em março deste ano, após um post do filho 02 do presidente Jair Bolsonaro.
Imitando a fala do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, que, ao falar, troca a letra “R” pela “L”, Weintraub escreveu, em suas redes, adicionando a capa de uma revistinha: “Geopolíticamente [sic], quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?”.
Usando a mesma imagem postada pelo ministro, João H. Campos (PE), também comentou. “Piada xenófoba, desnecessária e sem graça”.
Para o deputado Felipe Rigoni (ES), o chefe da pasta mostrou novamente sua inépcia e irresponsabilidade. “O ministro da Educação mostrou mais uma vez sua irresponsabilidade ao provocar o governo chinês. A cada dólar exportado para os Estados Unidos, vendemos o triplo para a China. Atacar um parceiro no combate ao coronavírus é mais um erro que se soma à lista das falhas do ministro”, apontou.