O Supremo Tribunal Federal (STF) reagiu à desinformação propagada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a pandemia da covid-19, nesta quarta-feira (28).
Em entrevista à rádio Mundial, da Bahia, Bolsonaro voltou a dizer que o Supremo deu muito mais poderes para governadores e prefeitos do que para ele.
O STF rebateu Bolsonaro com um vídeo, nas redes sociais. E modificou uma frase do ministro da propaganda do regime nazista de Adolf Hitler, Joseph Goebbels. Goebbels afirmou que uma mentira contada mil vezes se torna verdade.
“Uma mentira repetida mil vezes vira verdade? Não. É falso que o Supremo tenha tirado poderes do presidente da República de atuar na pandemia. É verdadeiro que o STF decidiu que União, estados e prefeituras tinham que atuar juntos, com medidas para proteger a população. Não espalhe fake news! Compartilhe as #VerdadesdoSTF”, acrescentou a publicação.
Estratégia batida
A estratégia de Bolsonaro de espalhar desinformação já está batida. Desde o início da pandemia, ele ataca governadores e prefeitos por adotarem medidas restritivas de circulação e determinarem uso de máscara e distanciamento social para tentar conter o avanço da covid-19.
O próprio STF publicou nota em seu site, em janeiro, desmentindo as feke news propagadas por Bolsonaro.
“O Plenário decidiu, no início da pandemia, em 2020, que União, estados, Distrito Federal e municípios têm competência concorrente na área da saúde pública para realizar ações de mitigação dos impactos do novo coronavírus. Esse entendimento foi reafirmado pelos ministros do STF em diversas ocasiões. Ou seja, conforme as decisões, é responsabilidade de todos os entes da federação adotarem medidas em benefício da população brasileira no que se refere à pandemia”
STF
Medida provisória apresentada pro Bolsonaro que, entre outras providências, restringia a liberdade de prefeitos e governadores na tomada de ações contra a pandemia. O caso foi levado ao Supremo, que deliberou pela responsabilidade dos entes federados.
Leia também: Bolsonaro ataca governadores e apela para comunismo imaginário
Com informações do G1 e Agência Senado