A vacina contra o novo coronavírus da Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca mostrou uma eficácia média de 70% em testes em grande escala. Os dados são referentes à fase 3 e foram publicados na revista científica The Lancet, uma das mais respeitadas do mundo.
De acordo com a Folha, a eficácia de 70% veio da média de dois esquemas de dosagem diferentes testados. Em um pequeno grupo de voluntários que tomou meia dose na primeira aplicação, a eficácia chegou a 90%, mas na maioria que tomou uma dose completa, esse número foi de 62%. Ainda não é totalmente sabido por que as duas dosagens produziram resultados diferentes.
Não foi relatado caso grave de Covid-19 nos voluntários que receberam a vacina, o que pode indicar proteção contra formas graves da doença e hospitalização.
Acordo com o Brasil
O governo brasileiro possui um acordo bilionário com o laboratório e a Universidade de Oxford para a compra de 100 milhões de doses da vacina. Além das doses, o acordo prevê a transferência de tecnologia para que a vacina possa ser produzida em território nacional pela Bio-Manguinhos, laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Em reunião na tarde desta terça-feira (8) com governadores, o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, disse que essa vacina será utilizada no plano de imunização nacional que pode começar no final de fevereiro.
“A Anvisa vai precisar de um tempo cumprindo essa missão. O registro gira em torno de 60 dias. Se tudo estiver redondo, teremos o registro efetivo da AstraZeneca no final de fevereiro, dando início à vacinação”, afirmou.
Com informações da Folha de S. Paulo