
Uma atendente da Pizza Hut localizada em um shopping de Brasília registrou na Polícia Civil um boletim de ocorrência contra o advogado Frederick Wassef por injúria racial. Wassef foi advogado da família do presidente Jair Bolsonaro.
Leia também: Ex-assessora de Flávio encontrou Wassef antes de depor
A garçonete Danielle da Cruz Oliveira, 18, procurou a Delegacia de Polícia de Brasília na noite de quarta (11) e afirmou que foi chamada de “macaca” por Wassef durante seu expediente. De acordo coma Folha, Wassef negou a acusação, disse que é vitima de denunciação caluniosa e que registrará uma ocorrência na polícia contra a denunciante.
De acordo com Danielle, Wassef esteve no estabelecimento no domingo (8), por volta das 21h, e reclamou da pizza: “Essa pizza não tá boa.”
“Você comeu?”. Após dizer “não”, Danielle afirmou que o advogado retrucou: “Você é uma macaca! Você come o que te derem”.
“De onde eu venho, serviçais não falam com o cliente”
A garçonete afirmou ainda ter dito que ele “não é melhor do que ninguém, você é o único que reclamou da pizza”. Segundo ela, o advogado disse: “De onde eu venho, serviçais não falam com o cliente“, deixando o local em seguida.
Eduardo Alves dos Santos, gerente da pizzaria, reforçou o relato de Danielle. Ele disse aos policiais ter ouvido “claramente” Wassef chamar a funcionária de “macaca“.
O gerente conta que tentou falar com o advogado na saída, alertando-o que aquilo seria caso de polícia, mas que Wassef “não deu ouvidos”. A garçonete disse que o advogado é cliente frequente, porém “é conhecido por se tratar de uma pessoa arrogante e que destrata e ofende funcionários”.
Wassef nega
Wassef afirmou que o depoimento da funcionária é falso.
“Sou vítima de denunciação caluniosa que foi organizada sob orientação de terceiros visando futura ação indenizatória para ganhar dinheiro através desta fraude arquitetada.” O advogado disse que ela “foi fazer um boletim de ocorrência três dias após o fato narrado e levou fotógrafo para tirar sua foto na delegacia fazendo o B.O., e divulgou para a imprensa imediatamente.” De acordo com Wassef, havia seguranças no local e ele seria preso se o depoimento fosse verdadeiro. Ele disse que Danielle estava no caixa sem ninguém por perto.
Com informações da Folha de S. Paulo