O Youtube removeu nesta semana o 35º vídeo do canal do presidente Jair Bolsonaro (PL) em função da propagação e fake news. Desta vez ele aponta a possibilidade de fraude nas eleições de 2018 sem apresentar provas. Esta é a primeira suspensão do canal desde que a empresa proibiu a divulgação de informações falsas sobre a última disputa presidencial – a mesma em que ele foi eleito.
Até o momento, o YouTube já excluiu 35 vídeos do canal de Jair Bolsonaro. A exclusão desta quarta-feira (13) foi do vídeo de uma entrevista em que o presidente fala à Rádio Jovem Pan de Maringá (PR), no dia 12 de agosto de 2021.
De acordo com a plataforma, o vídeo foi excluído por infringir regras. No mesmo vídeo, o presidente ainda comenta sobre a CPI da Covid e critica o ex-aliado, o deputado federal André Miranda, pelas acusações feitas à comissão sobre a compra da vacina Covaxin.
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O vídeo ainda está no ar no Facebook e no canal da Joven Pan local. Segundo informações da plataforma, o canal que infringir a determinação fica fora do ar por uma semana, no entanto, o canal de Bolsonaro segue no ar. Das 34 punições anteriores tomadas contra o canal do presidente, 33 foram causadas por desinformação sobre a pandemia da Covid-19.
Além do critério da não difusão de fake news sobre a pandemia, o YouTube também determina a remoção de vídeos com alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas na última eleição presidencial e de que votos foram adulterados.
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Em março deste ano, o YouTube anunciou que iria derrubar vídeos com informações falsas sobre as eleições de 2018. O vídeo em questão foi postado no dia 12 de agosto de 2021 e durante a entrevista, Bolsonaro questiona o processo eleitoral de 2018.
Segundo ele hackers teriam agido para “desviar votos”. Porém, ele mesmo admitia que não tinha provas.
“Todos os conteúdos no YouTube precisam seguir nossas Diretrizes de Comunidade. Além de uma combinação de inteligência de máquina e revisores humanos, também contamos com denúncias de usuários para identificar materiais com conteúdo suspeito e manter a comunidade da plataforma segura”, informou plataforma.
Com a nova regra, serão derrubados vídeos com “informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados”.
A medida já havia sido adotada pelo YouTube para vídeos publicados após as eleições dos Estados Unidos, em 2020, e da Alemanha, em 2021.