
A primeira pesquisa latino americana sobre assédio, violência e discriminação com pessoas LGBTIQ+ no ambiente de trabalho revelou que 37,2% dos entrevistados reconhece ter vivenciado alguma destas situações devido à sua orientação sexual ou identidade de gênero.
No entanto, número se torna mais alarmante quando se pergunta sobre um listado de experiências vividas no último ano, dentre as quais se encontram a violência simbólica, violência institucional, violência sexual, assédio e violência física. Nesse caso, das 1.584 pessoas entrevistas, 74% afirmam ter vivido alguma dessas violências no trabalho.
A pesquisa, divulgada no dia 28 de junho, foi realizada pela Nodos da Argentina, Integra Diversidade do Brasil, Sentido da Colômbia, Nodos México e MSN Consultorías de Uruguay, com o apoio do Escritório Regional da América Latina el Caribe, da ONUSIDA.
De acordo com os dados coletados, as principais pessoas responsáveis de tais situações são: pares da mesma equipe (33%) e chefes (23,8%). Além disso, estas violências são
exercidas tanto por homens como por mulheres.
Casos velados
Outro dado preocupante revelado aponta que, das pessoas LGBTIQ+ que sofreram algum ato de violência, 86,3% não realizou a denúncia por não confiarem nos mecanismos de denúncia ou por temor a represálias ou consequências negativas que pudessem receber.
A Integra Diversidade de Brasil reforçou a importância dos dados coletados. “Precisamos saber como se sentem e são tratadas as personas LGBTIQ+ nos seus lugares de trabalho em cada país da América Latina, assim como é necessário analisar os dados desde uma perspectiva regional.”