
Estudo revela que negras têm menos acesso a coleta de lixo, abastecimento de água e possuem a pior remuneração mensal
Recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que famílias de mulheres negras e mães solteiras possuem indicadores de saneamento básico e inadequações em suas residências piores que de mulheres brancas.
Segundo o jornal G1, mais de 40% dessas mulheres não têm acesso a rede de esgoto, contra 26,7% das brancas. Os dados pioram em relação a ausência de coleta de lixo, onde é de 8,8% contra 3,7%, e o de abastecimento de água corresponde a 13,9% contra 9,4%.
A pesquisa também afirma o adensamento excessivo – mais de três moradores da casa utilizando o mesmo cômodo como dormitório -, tem maior probabilidade de ocorrer em lares de mães negras (11,9% contra 7,7%).
Os dados do IBGE também indicam que elas ganham, em média, R$ 1.394 por mês. Em comparação, os homens brancos ganham mais que o dobro na média (R$ 3.138), e as mulheres brancas ganham 70% a mais (R$ 2.379). As mulheres negras estão atrás até mesmo dos homens negros, que ganham 26% a mais (R$ 1.762).
Os dados compilados pelo G1 e pela GloboNews são do estudo “Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil”, levantado pelo IBGE. De acordo com o dados, o Brasil tem mais de 11,4 milhões de famílias formadas por mães solteiras, sendo que a grande maioria delas é negra (7,4 milhões).
Com informações do G1 e GloboNews.