
Enquanto diversos países no mundo aceleram o processo de confinamento a fim de estancar o avanço do coronavírus, Jair Bolsonaro aproveitou o fim de semana para participar de manifestações em sua defesa, dando o pior exemplo que se esperava de um chefe de Estado em meio a uma pandemia que já deixou quase 6 mil mortos.
A irresponsabilidade Bolsonaro é um risco à saúde pública. O presidente, chefe máximo da nação, precisa ter responsabilidade com o cargo que ocupa.
Ao menos 10 pessoas de sua comitiva presidencial testaram positivo para a COVID-19, em viagem recente que fizeram EUA e ao todo, 12 pessoas que se encontraram com Bolsonaro também estão infectadas, incluindo o prefeito de Miami, Francis Suarez.
Ontem, na porta do Palácio do Planalto, Bolsonaro tirou selfies, cumprimentou despreocupado pessoas e ainda pegou celulares de desconhecidos sem nenhuma proteção, ferramenta esta de fácil contágio.
Anteriormente, ele havia passado em carreata numa ambulância para dar suporte a um bando de carros que faziam coro aos manifestantes e ajudavam a engordar o tamanho do ato.
Não satisfeito, durante todo o domingo Bolsonaro compartilhou em suas redes imagens dos protestos pró-governo, endossando assim as pautas que estavam ali estampadas em faixas e cartazes: o fechamento do Congresso Nacional e mesmo do STF. E as reformas? Quase nada se viu em sua defesa.
Em meio à insensatez de Bolsonaro, no Brasil já chega a 200 casos confirmados de coronavírus.
Em entrevista à CNN, o mandatário brasileiro voltou a minimizar o impacto da pandemia, classificando-a como “histeria” da imprensa.
Há pelo menos 2 mil casos suspeitos no Brasil, com projeções de crescimento para os meses de abril e maio. Quem tem dado uma aula de planejamento e serenidade é o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, não se sabe até quando, tendo em vista que seu próprio chefe usa do cargo para sabotar diariamente as estratégias de contenção do vírus.