
Paulo Guedes estuda adiar, por dois ou três meses, o pagamento de impostos pelas empresas como forma de estimular a liquidez e mitigar os impactos da crise do coronavírus. No entanto, Guedes não soube dizer, por exemplo, se o diferimento será permitido para todas as empresas ou só para as que forem mais prejudicadas.
Os valores dos tributos federais que deixarem de ser recolhidos nesse período terão de ser pagos ainda em 2020, para que não comprometer o orçamento, registra o Valor.
Incertezas
O ministro da Economia anunciou que ainda na segunda-feira (16) irá divulgar novas ações para combater os efeitos econômicos do coronavírus.
O Governo admitiu não ter um quadro claro dos impactos da crise e como os diferentes setores da economia estão sendo afetados.
Para dar alívio às companhias aéreas, a equipe econômica pensa em cortar o PIS-Cofins sobre o querosene de aviação. A conta é de R$ 250 milhões anuais.
A questão é saber que outros setores precisam de medidas que trarão impacto fiscal, e se há como atender a todos, analisa o Valor.
A Caixa colocou R$ 75 bilhões à disposição para emprestar. Além disso, Guedes destacou a liberação de R$ 135 bilhões em compulsórios, anunciada no mês passado pelo BC.
Na sexta-feira (13) estava em fase de finalização uma medida que pretende zerar a alíquota do Imposto de Importação de equipamentos médico-hospitalares, com prioridade desses produtos no desembaraço aduaneiro. As demandas dos estados e municípios para enfrentar o coronavírus, ainda serão objeto de análise do Governo.
Também é discutida a criação de um fundo de R$ 5 bilhões com recursos do orçamento federal para atender a emergências geradas pelo avanço da doença. É um valor adicional aos R$ 5 bilhões liberados para reforçar o orçamento do Ministério da Saúde.