
Por Julinho Bittencourt
Governadores de 13 estados e do Distrito Federal divulgaram nesta segunda-feira (16) nota em solidariedade ao Supremo Tribunal Federal (STF), em função dos ataques do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) à Corte nas últimas semanas.
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Sem citar o presidente, os governadores manifestaram apoio ao tribunal, “aos seus ministros e às suas famílias, em face de constantes ameaças e agressões”.
“O Estado Democrático de Direito só existe com Judiciário independente, livre para decidir de acordo com a Constituição e com as leis”, diz a nota que também defende um “chamamento à serenidade e à paz que a nossa nação tanto necessita”.
O texto é assinado pelos governadores Renan Filho (Alagoas), Waldez Goés (Amapá), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Renato Casagrande (Espírito Santo), Flávio Dino (Maranhão), João Azevedo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), João Doria (São Paulo) e Belivaldo Chagas (Sergipe).
No sábado, Bolsonaro afirmou que vai apresentar ao Senado um pedido para abertura de processos contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
Cortejo contra a democracia
O presidente Jair Bolsonaro estaria planejando fazer mais um jogo de cena para demonstrar força e reforçar sua narrativa contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo informações do jornalista Igor Gadelha, em sua coluna no portal Metrópoles, o chefe do Executivo quer levar ministros ao ato de entrega, no Senado, do pedido de impeachment de Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, membros da corte suprema.
Além de ser acompanhado por uma “comitiva”, o presidente planejaria descer a rampa do Palácio do Planalto e ir caminhando até o Senado para concretizar o ato.
O jogo de cena, caso confirmado, aconteceria poucos dias após o desfile de tanques de guerra em frente ao Planalto que foi realizado pelas Forças Armadas, em articulação com Bolsonaro, para intimidar a Câmara dos Deputados, que na ocasião analisava a proposta, já derrotada, do voto impresso. Naquela situação, ministros também estiveram ao lado do presidente.
Com informações do Globo