
Com Julinho Bittencourt
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a vantagem em relação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas intenções de voto do segundo turno. Se as eleições fossem hoje, o Lula teria 48% e o candidato à reeleição, 31%.
A distância entre os dois no levantamento de julho era de 12 pontos percentuais e agora aumentou para 17 pontos. Os dados são da pesquisa Exame/Ideia, que une a revista Exame e o Ideia, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.
Outros cenários
O levantamento ainda testou cenários possíveis de segundo turno e Lula venceria em todos. Lula ficaria com 50% contra o governador de São Paulo João Doria (PSDB), que teria 22%. Com o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), Lula venceria por 48% a 22%.
Com o ex-juiz Sérgio Moro, Lula teria 47% a 25% e de Ciro Gomes (PDT-CE), Lula venceria de 44% a 31%.
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Os dados são da mais recente pesquisa Exame/Ideia um projeto que une Exame e o Ideia, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A sondagem ouviu 1.200 pessoas entre os dias 9 a 11 de novembro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.
Eleição previsível
O economista Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi, apontou que a eleição presidencial de 2022 é a mais previsível da história recente, em razão da ampla vantagem que o ex-presidente Lula apresenta nas pesquisas. Coimba comentou sobre levantamento do Vox Populi divulgado nesta quinta-feira (11) que mostra que Lula venceria no 1º turno com grande margem.
“Em 2022 temos de um lado um estafermo como Bolsonaro e, do outro, uma liderança política [Lula] com esses atributos… Em condições normais de temperatura e pressão, é a eleição mais previsível de nossa história recente. Quer dizer que já resolveu? Não…”, afirmou Coimbra.
Já o professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luis Oreiro afirmou que 2022 “vai ser um ano catastrófico na economia e, com isso, irá se sacramentar a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno das eleições de 2022”. O petista apareceu com 48% dos votos na pesquisa Genial/Quaest. Levando em conta só os votos válidos, ele alcançou 56% no levantamento divulgado na quarta-feira (10). Os relatos do estudioso foram publicados pelo Portal Vermelho.
De acordo com o pesquisador, a economia será a questão de maior peso na decisão dos eleitores no próximo ano. “Dói você ir ao supermercado e trazer cada vez menos comida para casa. Dói você encher o tanque do seu carro e ter que pagar cada vez mais. Dói as pessoas não terem o que comer”, reforçou o estudioso, que é fundador e coordena o Structuralist Development Macroeconomics Group, grupo de pesquisa no âmbito da Macroeconomia do Desenvolvimento Estruturalista.
“A preocupação com a economia é o resultado do péssimo estado em que a ela se encontra: inflação acumulada nos últimos 12 meses já passa de 10%, a taxa de desemprego já está acima de 12% há muitos anos, 4 milhões de pessoas que saíram da força de trabalho por conta da pandemia ainda não voltaram. Isso significa que os desocupados no Brasil são algo como 18 milhões de pessoas”, acrescentou.
O estudioso afirmou que acredita não haver “tempo de se obter uma melhoria significativa da economia, pelo contrário, as perspectivas são de continuidade de uma inflação alta, embora talvez menos do que 10% ano que vem, mas a inflação será certamente superior a 5%”. “Então teremos a continuidade da queda do rendimento real das pessoas, do padrão de vida, aumento da miséria”, continuou.
Aprovação de Bolsonaro tem queda entre evangélicos
O levantamento Exame/Ideia apontou que a aprovação do governo Jair Bolsonaro entre os evangélicos é de 28%, 11 pontos percentuais a menos do que a rodada de 22 de outubro.
A administração federal tem uma desaprovação de 52%. Ao todo, 23% aprovam a gestão, 22% acham regular e 3% não souberam ou não responderam.
Questionados sobre a maneira como Bolsonaro lida com seu trabalho, 54% desaprovam enquanto 23% aprovam.
De acordo com a pesquisa, o ex-presidente Lula vence todos os adversários tanto no primeiro como no segundo turno.
Foram entrevistadas 1.200 pessoas por telefone entre os dias 9 a 11 de novembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Com informações do Brasil 247