
Na tentativa de evitar disseminação em massa de fake news nas eleições deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está aprimorando uma ferramenta utilizada nas eleições de 2020 junto ao Whatsapp.
A Corte tem se preparado para evitar que a propagação de notícias mentirosas em rede, como praticado pela campanha de Jair Bolsonaro, em 2018, se repita este ano.
A informação é do Estadão, que obteve a confirmação pelo head de Políticas Públicas da plataforma no Brasil, Dario Durigan.
Quem receber mensagens suspeitas, poderá preencher um formulário no site da Justiça Eleitoral. Em caso de a mensagem ser considerada suspeita, o TSE vai requisitar a exclusão da conta do Whatsapp.
Além do banimento da plataforma, se houver relação direta com alguma campanha, a candidatura poderá sofrer punições que vão de multa à cassação.
O lançamento ocorre no momento em que o TSE também avalia agir para impedir a disseminação de mentiras pelo Telegram.
A empresa não tem representação legal no Brasil e tem ignorado sistematicamente as autoridades brasileiras. O que pode levar ao banimento da plataforma no país.
O serviço já foi usado nas eleições municipais de 2020 e está em aperfeiçoamento. No último pleito foram 4.981 denúncias. Após passarem pelo filtro da Justiça Eleitoral, o aplicativo baniu 1.042 números cadastrados no aplicativo de mensagens.
Whatsapp é o aplicativo mais usado
Levantamento realizado pelo Mobile Time e pela Opinion Box em 2020, mostra que 99% dos smartphones do Brasil tem o WhatsApp instalado. A empresa afirma ter 120 milhões de usuários mensais ativos no país.
O estudo mostrou que 88% dos usuários confirmaram já ter recebido algum tipo de fake news pelo aplicativo e uma em cada três pessoas já repassaram informações sem checar sua veracidade.