Atlas Econômico da Cultura Brasileira UFRGS
Autor: Leandro Valiati / Ana Letícia do Nascimento Fialho – Organizadores.
Nota: No período entre a Segunda Guerra e a metade dos anos 1970, predominava na organização industrial o modelo fordista, caracterizado pela produção em massa de bens padronizados (LACROIX; TREMBLEY, 1997). As mudanças nas formas de organização da produção, após a crise desse modelo, abriram caminho propício para o desenvolvimento de uma economia baseada na criatividade e no conhecimento. Para Lipietz (1991), o modo de organização do trabalho do modelo fordista foi abandonado para dar espaço a novos hábitos e arranjos de produção. Tais mudanças levaram ao advento de uma nova lógica, baseada no saber e na criatividade, abandonando a racionalidade da produção em série (DE MASI, 2001). Essa passagem também caracterizou a alteração da funç&atil de;o do trabalhador e o aumento da importância das habilidades intelectuais e artísticas de cada indivíduo para a formação de valor na economia (LACROIX; TREMBLEY, 1997). O aumento relativo do setor de serviços e a diminuição da participação de trabalhadores industriais levou ao que Rowthorn e Ramaswamy (1997) chamaram de desindustrialização, um processo natural de desenvolvimento nas economias avançadas.
[wpforms id=”598″]