
A nova pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (23) mostra que a avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) passou de 46% (em março) para 48%.
A avaliação negativa da gestão bolsonarista ocorre em meio ao empobrecimento acelerado pela crise econômica. O país enfrenta uma disparada de preços de combustíveis e alimentos.
Leia também: Auxílio para caminhoneiros é medida “eleitoreira” e ineficiente, diz diretor do Dieese
Além do retorno da inflação, que registrou no acumulado em 12 meses até abril, o IPCA ficou em 12,13%, maior nível desde outubro de 2003 (13,98%). A maior reprovação do governo Bolsonaro está entre os nordestinos, as mulheres e os mais pobres.
A oscilação relativa à baixa popularidade do presidente está dentro da margem de erro que é de 2%. O índice de pessoas que aprovam a gestão também ficou estável e está em 26%.
Entre as mulheres, a rejeição segue maior e 51% acreditam que o atual governo realiza uma gestão ruim ou péssima. Entre os homens a reprovação é de 45%.
Quanto a regiões do Brasil, no Nordeste, 55% da população desaprova o governo Bolsonaro. Entre funcionários públicos o índice de rejeição é ainda maior e está em 61%. Entre os brasileiros com ensino superior, 54% consideram o governo ruim ou péssimo.
Leia também: Com sigilos, governo Bolsonaro joga escândalos para debaixo do tapete
A pesquisa foi realizada nos dias 22 e 23 de junho e ouviu 2.556 pessoas com 16 anos em 181 cidades brasileiras. Com o resultado, Bolsonaro segue com a pior avaliação em igual tempo de mandato se comparado a todos os outros presidentes eleitos após redemocratização do País.
Em 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) acumulava uma rejeição de 25%. Enquanto em 2006, Lula (PT) tinha 21% de avaliação ruim ou péssima e, em 2014, Dilma tinha 26%.