
Os embargos dos Estados Unidos contra Cuba foram alvo de protestos no último final de semana. O projeto “Puentes de Amor”, liderado pelo professor da Universidade de Washington Carlos Lazo, que é cubano, recebeu apoio em diversas cidades, que também se manifestaram contra o bloqueio que já dura mais de 60 anos.
Manifestantes pediram o fim dos embargos financeiros, comerciais e econômicos contra a ilha caribenha já duram mais de 60 anos em diversos países como Canadá, Itália, Reino Unido, Finlândia, Bahamas, Espanha, Bolívia e o Brasil.
“De granito a granito derrubaremos o ódio e construiremos pontes de amor”, disse Lazo à Prensa Latina.
Nos Estados Unidos, houve protestos em Miami, Nova York, Los Angeles, Washington e Oklahoma. Os manifestantes pediam o fim da “política unilateral que limita o desenvolvimento dos direitos humanos dos cubanos”.
Paralelamente às manifestações também um twitaço com as hashtags #EliminaElBloqueo #UnblockCuba e #PuentesDeAmor.
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O presidente cubano Miguel Díaz-Canel afirmou que Cuba “não está e nunca esteve sozinha na sua luta pela erradicação deste cerco econômico e financeiro”.
Os manifestantes também querem o cumprimento das promessas feitas durante a campanha pelo presidente dos EUA, Joe Biden, de que retiraria Cuba lista de países que apoiam o terrorismo além de pôr fim às sanções contra o país.
No último 16 de maio, o governo Biden anunciou medidas sobre vistos, migração, viagens, remessas e ajustes nos regulamentos para transações com o setor não estatal que foram bem recebidas.
Porém, o bloqueio permanece. O que fez com que autoridades afirmassem na ocasião que se tratava de “um passo limitado na direção certa”, já que as principais “medidas de asfixia econômica”, impostas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, não foram derrubadas.
Por isso, em cada último domingo de cada mês os voltam a pedir o fim dos embargos.
Grupo parlamentar do Brasil pede que EUA retire sanções contra Cuba
Em junho, o grupo parlamentar Brasil-Cuba, presidido pela deputada Lídice da Mata (PSB-BA), promoveu encontro com o embaixador de Cuba no Brasil, Adolfo Curbelo, para tratar da exclusão do país da Cúpula das Américas, iniciada nesta quarta-feira (8) em Los Angeles, nos Estados Unidos (EUA). Na ocasião, o grupo emitiu uma nota pedindo ao presidente dos EUA, Joe Biden, a imediata eliminação das sanções que afetam o povo cubano.
A Cúpula das Américas acontece periodicamente para discutir problemas comuns, buscar soluções e desenvolver uma visão compartilhada para o desenvolvimento da região. Cuba chegou a participar de dois encontros, durante o mandato do ex-presidente dos EUA Barack Obama.
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Na nota, o grupo ratifica os laços de amizade que unem os povos do Brasil e Cuba. “Frente às dificuldades econômicas que atravessa o povo cubano, é urgente que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revogue as 243 medidas aplicadas pela administração do ex-presidente Donald Trump. Elas fortalecem as sanções contra Cuba e agravam a complexa situação derivada da pandemia e da crise econômica internacional”, reforçam.
Com informações do Opera Mundi, TeleSur e Prensa Latina