Suplente de Flávio, Marinho disse ter ouvido do senador que ele possuía informações sigilosas acerca de investigações envolvendo o ex-assessor Fabrício Queiroz

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou em nota que Augusto Aras vai analisar a suspeita de vazamento de informações de operação da Polícia Federal ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), relatada pelo empresário Paulo Marinho (PSDBRJ) ao jornal Folha de S.Paulo.
Suplente de Flávio Bolsonaro, Marinho afirmou que o senador lhe contou ter recebido informações sigilosas da PF sobre a investigação que envolvia seu então assessor Fabrício Queiroz, pouco tempo após o primeiro turno das eleições gerais.
Flávio Bolsonaro ainda teria dito confessado a Marinho que membros da Superintendência da PF no Rio adiariam a Operação Furna da Onça para não prejudicar Jair Bolsonaro na disputa contra Fernando Haddad (PT).
Ainda de acordo com o relato de Marinho, um delegado da PF teria orientado Flávio a exonerar Fabrício Queiroz de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio. O que aconteceu no dia 15 de outubro, quando foram demitidos tanto Queiroz quanto a filha dele, Nathalia Queiroz, lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
A Operação Furna da Onça foi deflagrada em 8 de novembro de 2018, pouco mais de uma semana após o segundo turno, do qual Bolsonaro saiu vitorioso.
A PGR ainda não informou se abrirá um procedimento para investigação. Após a publicação da entrevista, Flávio Bolsonaro classificou a acusação de “invenção” e afirmou que o empresário tem interesse em prejudicá-lo.