A taxa é a pior observada na Amazônia desde 2008, quando o Prodes revelou uma perda de 12.911 km²

Nesta terça-feira (9), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou uma revisão dos dados do Prodes, o sistema que aponta o desmatamento oficial da Amazônia, referentes ao período de agosto de 2018 a julho de 2019. O instituto também indicou que a devastação da floresta no primeiro ano do governo Bolsonaro foi ainda maior do que a apontada previamente. No período, a Amazônia perdeu 10.129 km².
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A taxa oficial revisada agora representa uma alta de 34,41% em relação aos 12 meses anteriores e é simbólica por ter sido superior aos 10 mil km². Entre agosto de 2017 e julho de 2018, a perda havia sido de 7.536 km².
Em novembro, uma prévia do Prodes havia indicado que o desmatamento tinha sido de 9.762 km². O novo dado é resultado de revisão das imagens de satélite e consolidação dos dados sobre o chamado corte raso, em que ocorre remoção completa da cobertura florestal. Essa revisão é normal no processo de análise do desmatamento da Amazônia. O Inpe sempre divulga uma prévia em novembro e a taxa final alguns meses depois.
Esta taxa é a pior observada na Amazônia desde 2008, quando o Prodes revelou uma perda de 12.911 km². Desde então, a taxa sempre esteve abaixo dos 8 mil km². O menor valor foi obtido em 2012: 4.571 km².
A expectativa de especialistas é o que período de 12 meses que se encerra em julho deve vir ainda maior. Um outro sistema de monitoramento do Inpe, o Deter, que faz alertas de onde estão ocorrendo desmatamentos para orientar a fiscalização em campo, vem indicando altas consecutivas desde agosto.
Com informações do Estadão.