Cultura, arte, luta e afetos se encontram pelo ‘Fora Bolsonaro’ no Janelas pela Democracia

Artistas de diversas áreas se uniram pelo ‘Fora Bolsonaro’ e reafirmaram apoio ao impeachment do presidente

A cultura brasileira se fez presente em mais uma edição do ‘Janelas Pela Democracia’. Os setores cultural e criativo, gravemente afetados pela falta de recursos desde o início da pandemia, expressaram um potente “Fora Bolsonaro” nas vozes de artistas, produtores culturais e cantores em mais um encontro online, pactuado por lutas e afetos.

Embalados por canções de amor e protesto, nomes como Teresa Cristina, Gilberto Gil, Xangai, Toninho Geraes e Zelito Miranda reiteraram a insatisfação com a conduta de Bolsonaro no momento em que o país atravessa uma pandemia. Eles criticaram o  abandono do setor cultural pelo governo e lamentaram que a vida da população não seja prioridade para o presidente.

Vozes pela democracia e pelo impeachment

Na mesma toada, Gilberto Gil marcou sua participação no ato cantando vida através da música ‘Viramundo’. Para ele “É preciso que tomemos a consciência de que precisamos transformar a governança brasileira em algo mais transformador e mais positivo”.

Cria da Lapa, no Rio, a sambista carioca Teresa Cristina, elencou os motivos pelos quais é favorável ao impeachment de Bolsonaro: “Pelos 15 crimes que já cometeu, pela sua intervenção para impedir que a família seja investigada, por não respeitar, tampouco adotar as regras da OMS e por apoiar a ditadura militar eu sou a favor do impeachment de Bolsonaro”.  

“Esse cabra que está no poder temos que tirar logo, porque grande parte do que está acontecendo é por causa dele, fora Bolsonaro!” , bradou o cantor e compositor baiano Zelito Miranda, também conhecido como o Rei do Forró Temperado.

Outra importante voz do cancioneiro brasileiro, o violeiro, cantor e compositor Xangai rimou opinião com os demais artistas e reforçou: “Não estou satisfeito com essa liderança de Bolsonaro. Estou junto com essas pessoas que tem o coração voltado para o bem e para a paz”.

E, trazendo o saudosismo dos versos de fé e esperança impressos no samba de Agepê, ‘Bandeira da Fé’, Toninho Geraes cantou: “Vamos nos unir que eu sei que há jeito. E mostrar que nós temos direito, pelo menos a compreensão. Senão um dia, por qualquer pretexto nos botam cabresto e nos dão ração”.

A melodia de um trio formado por trompete, violão e bandolim alegrou os corações dos trabalhadores com o hino antifacista italiano, ‘Bella Ciao’, que, adaptado ao Brasil, nas eleições de 2018 foi cantado por milhares de mulheres brasileiras que foram às ruas contra a eleição de Jair Bolsonaro, o opressor.