
O advogado Bertoni Barbosa de Oliveira deixou a defesa da extremista Sara Giromini na noite desta segunda-feira (22). Segundo ele, a saída se dá por ‘profundas divergências’ quanto às estratégias dos advogados em relação ao caso.
Sara se encontra detida por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos desde o último dia 15 de junho.
O advogado é o segundo a deixar a defesa da extremista. Claudio Gastão da Rosa Filho abandonou o caso na semana passada. Com a saída de Bertoni Barbosa, a defesa da extremista continua a ser constituída pelos advogados Renata Cristina Tavares e Paulo César Rodrigues de Faria. “Desejo sucesso para eles e a liberdade para a Sara”, escreveu Barbosa, sem dar mais detalhes.
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‘Esquema criminoso’
Apontada como chefe de um grupo de extrema-direita que apoia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Procuradoria-Geral da República (PGR) espera ouvir dela e dos outros cinco investigados informações ‘sobre como funciona o esquema criminoso’. A PGR investiga a ‘real possibilidade’ de associação criminosa que utiliza as manifestações antidemocráticas para obter lucros financeiros e vantagens políticas
Outros cinco mandados de prisão miraram lideranças do grupo ‘300 do Brasil’, que ela liderava. Segundo apurado pelo Estadão, os militantes são investigados pelo crime de associação criminosa.
Sara também é investigada em outro inquérito sigiloso, que apura ‘fake news’, ofensas e ameaças dirigidas ao Supremo, e que igual o anterior, está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes. Foi nesta investigação que ela foi alvo de buscas e apreensões no final de maio.
Com informações do Estadão.