
Foto: Blog Aevo
A procura por profissionais que atuam na economia digital e com foco na criação de produtos e serviços diferenciados para o consumidor vem crescendo, com abertura de mais de 24 mil vagas para profissionais com esse perfil em dez profissões da economia criativa em 2017. Já dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desemprego aumentou entre o último trimestre de 2018 e o primeiro de 2019, passando de 11,6% para 12,7%, com 13,4 milhões de pessoas a procura de vagas.
O mercado de trabalho criativo brasileiro reúne 245 mil estabelecimentos e 837,2 mil profissionais. O cenário recessivo dos últimos anos gerou uma leve retração da participação do PIB Criativo no PIB Brasileiro, que saiu de 2,64% para 2,61%, representando a soma de R$ 171,5 bilhões. É o que revela o Mapeamento da Indústria Criativa de 2019, elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O levantamento reflete as transformações da nova economia, caracterizada por novos modelos de negócio, hábitos de consumo e relações de trabalho.
Apresentaram crescimento significativo: analista de pesquisa de mercado (+42%); analista de negócios (+23%); chefe de cozinha (+21%); editor de mídia eletrônica (+20%); e designer de eventos (+15,3%). Logo depois aparecem designer de moda (+14%); designer de produtos (+10%); designer gráfico (+4,9%); programador (+3,3%); e gerente de TI (1,4%).
A pesquisa da Firjan aponta que a digitalização e a necessidade de compreender o consumidor e as suas vontades são vistas como prioridade pelos empregadores que querem se destacar nesse ambiente novo e competitivo. É um crescimento muito relevante, especialmente considerando o cenário de recessão, com queda de 3,7% no mercado de trabalho nacional (encerramento de 1,7 milhão de postos de trabalho).
O estudo da entidade tem como pano de fundo as enormes incertezas do cenário econômico e a recuperação hesitante do crescimento, após anos de severa crise econômico-institucional. Divulgado a cada dois anos desde 2008, o mapeamento acompanha o desenvolvimento da área criativa no Brasil e nos estados e verifica sua representatividade, evolução, transformações e relevância no decorrer dos tempos.
“O mundo tem passado por profundas transformações no mercado de trabalho, que são resultado das mudanças socioculturais e do avanço da digitalização. As mudanças nos hábitos de consumo e a transformação digital exigem das empresas uma série de novas competências e habilidades até então inexploradas. Esse movimento já é visível na economia criativa, que registra alterações no perfil dos profissionais buscados pelo mercado”.
Gabriel Pinto, gerente da Casa Firjan
A pesquisa considera o mercado de trabalho formal do país, com dados de 2017 fornecidos pelo Ministério do Trabalho, atualização mais recente disponível. A sexta edição avalia o comportamento da Indústria Criativa no Brasil, marcando as diferenças em relação ao biênio anterior (2013 a 2015) e a outros setores da economia.
Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil
Divulgado a cada dois anos desde 2008, o Mapeamento da Indústria Criativa acompanha o desenvolvimento da área criativa no Brasil e nos estados e verifica sua representatividade, evolução, transformações e relevância no decorrer dos tempos. O estudo tem como base dados oficiais do Ministério do Trabalho e analisa a criatividade sob duas perspectivas: áreas de atuação dos profissionais criativos e o valor de produção gerado pelos estabelecimentos criativos – que não necessariamente empregam apenas trabalhadores criativos.
Com informações da Firjan