
Até a manhã desta sexta-feira (25), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia registrado 74 candidaturas com o chamado nome social, ou seja, o nome pelo qual pessoas transgêneros e travestis preferem ser chamadas, ao invés do nome de registro. As informações são do Congresso em Foco.
Levantamento feito pela Aliança Nacional LGBTI+ projeta que as eleições de novembro terão 584 candidatos a vereador e 15 a prefeito ligados ao movimento LGBTI+. Neste grupo, 69 se identificam como mulheres trans, 17 como travestis e 11 como homens trans.
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Para Toni Reis, presidente nacional da organização, o nome social no registro da candidatura, sendo usado pela primeira vez no Brasil, significa “inclusão, respeito e cidadania respeitando a dignidade humana”.
As candidaturas para o pleito de 2020 tem maioria pelo PT e pelo Psol, mas partidos com traços conservadores, como PSDB, PSL, DEM, não foram excluídos.
Um dos exemplos é Baby Brasil, a candidata a vereadora pelo PSDB em Goiás. Pela primeira vez na disputa, ela é militante pelas causas LGBTI+ e se inspirou em uma figura política tucana. “Eu entrei para o partido por conta da Maria Rita, que é uma mulher lésbica assumida e foi gestora no governo do Caiado”, afirma.
Na visão de Toni Reis, a variação dos partidos, que vão da esquerda, onde a pauta LGBTI+ é tradicionalmente defendida, à direita, demonstra que a comunidade tem “diversidade ideológica”, e que “as pessoas têm o direito de apoiar todos os partidos.”