
Reportagem publicada na Folha de S. Paulo afirma que, em meio a onda conservadora gerada pelo presidente Jair Bolsonaro, o número de policiais e militares que concorrem ao cargo de prefeito atingiu o maior patamar em 16 anos. São 371 bombeiros militares, policiais militares e civis e militares reformados tentando uma vaga nos Executivos municipais em todo o país, de acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Policiais militares são quase metade do grupo deste ano (193). Os militares reformados, como Bolsonaro, são o segundo maior bloco do conjunto (99). Em 2016, eram 178 policiais e militares reformados, ou seja, ocorreu um aumento de 52% em quatro anos.
Um dos exemplos é o policial militar Capitão Wagner (PROS), que concorre à Prefeitura de Fortaleza pela segunda vez. Ele é o principal nome de oposição ao grupo do governador Camilo Santana (PT) e dos irmãos Ciro e Cid Gomes (PDT) após ascensão meteórica liderando o motim da PM em 2011.
Quando analisado por partido, o PSL, que elegeu o presidente em 2018, lançou o maior número de postulantes policiais ou militares, 54. Em seguida, aparecem Patriota (25), PL (23) e Podemos e PP (ambos com 22). Entre a esquerda há menos representantes deste grupo: PDT tem 13; PT, 12 e PSB, 9.
Entre os estados, São Paulo é o que tem mais concorrentes com essa formação, 59. Minas Gerais (49), Paraná (23), Bahia (22) e Goiás (21) completam o topo da lista.
Por outro lado, entre os candidatos a vereador, o aumento foi menos expressivo. Neste ano, são 5.810 postulantes desse perfil, contra 5.488 em 2016, crescimento de pouco menos de 6%. De novo, o PSL é o líder, com 511.