por: Lillian Bento Postado em: 23/08/2022 - 21:29 Atualizado em: 23/08/2022 - 21:29
Está cada vez mais nítida a importância do candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), na campanha da chapa Lula-Alckmin na corrida presidencial deste ano.
Alckmin ganhou uma estrutura própria na campanha e tem a missão de ‘virar’ votos para o PT em localidades como o interior de São Paulo. Além de ampliar o diálogo com setores importantes como o empresariado, agronegócio e saúde em estados como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
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Alckmin tem evitado conceder entrevistas à imprensa e tem sido cauteloso na divulgação das agendas. Além de participar de algumas conversas reservadas com aliados que ainda resistem ao PT e a figura de Lula.
A estratégia foi repensada depois que o ex-governador participou de uma agenda no Rio Grande do Norte em uma plateia formada majoritariamente por petistas e militantes de partidos aliados e foi vaiado. Depois da ‘saia justa’, o candidato a vice tem evitado agendas de setores mais ‘radicais’ da esquerda.
Ele passou a despachar no comitê da campanha no Bairro do Pacaembu, em São Paulo, onde tem uma sala no mesmo andar que o ex-presidente Lula. No local se reúne regulamente com diferentes lideranças para traçar estratégias de campanha.
Ao lado de Alckmin estão três velhos aliados do PSDB: os ex-deputados Floriano Pesaro e Silvio Torres. Além do sociólogo Fernando Guimarães, que também foi do PSDB e hoje figura os quadros do PSB.
Nesta semana, Alckmin participa do Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, em Brasília. O setor é estratégico e majoritariamente apoiou Bolsonaro em 2018 como reação ao Programa Mais Médicos.
Mapa ‘vira voto’
Entre as principais estratégias da campanha está mapear as regiões onde Alckmin venceu Lula em 2006 e criar estratégias de interlocução nessas localidades.
Alckmin vai reforçar a narrativa de que ele faz parte de uma frente ampla em defesa da democracia, da Constituição e das conquistas sociais. Alckmin tem lembrado em diversas ocasiões que tanto ele, quanto Lula foram deputados federais constituintes.
