
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, que comanda a equipe de transição, foi ameaçado por dois apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), um deles “visivelmente armado”, ao chegar no hotel onde está hospedado em Brasília, por volta das 23h30 desta quarta-feira (23). Eles foram detidos por desacato por agentes da Polícia Federal (PF) que fazem a segurança do vice de Lula (PT).
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Segundo informações da Folha de S.Paulo, os dois foram identificados como Rosemario Queiroz e Alcides Frederico Moraes Werner, que se identificou como agente aposentado da PF e estaria armado.
Rosemário teria partido para cima de Alckmin, dizendo que ele era “uma vergonha”, no saguão do hotel. Ao ser afastado pelos policiais, o bolsonarista teria reclamado da “liberdade de expressão” e dito que os agentes eram “vagabundos” por estarem “defendendo um ladrão”.
Em seguida, Werner teria aparecido “visivelmente armado” questionando a conduta dos agentes e dizendo: “Polícia Federal é o caralho, eu que sou policial”.
Os dois foram levados para a Superintendência da PF no Distrito Federal.
Alckmin se reúne com a bancada do PSB na Câmara para discutir projetos estratégicos
O vice-presidente eleito e coordenador da transição do governo, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniu com a bancada de deputados federais do PSB nesta terça-feira (23) a fim de estreitar laços com o legislativo. O encontro reuniu 20 parlamentares e discutiu projetos estratégicos que exigirão diálogo e apoio no Congresso Nacional.
As principais pautas abordadas por Alckmin, que pediu apoio da bancada socialista, foram a PEC da Transição e a Lei Orçamentária Anual (LOA), que possuem um espaço curto para tramitação, de apenas 17 dias úteis. Ele também falou sobre a necessidade de uma discussão mais ampla sobre as “âncoras fiscais” do país e os ajustes urgentes que precisam ser feitos no orçamento para contemplar áreas prioritárias da gestão.