
Ex-presidenciável e vice-presidente do PDT, Ciro Gomes afirmou nessa terça (1º) que o Brasil precisa de uma aliança de centro-esquerda para fazer frente ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022. “Mais do que viável, acho necessária”, disse durante participação no UOL Entrevista.
A declaração ocorre após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) citar Ciro e outros nomes, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o apresentador Luciano Huck, para formar uma frente de centro nas próximas eleições.
O pedetista defende que a esquerda se alie com a política de centro, que tradicionalmente forma aliança com a direita no país. Para Ciro, essa é a melhor estratégia para conquistar uma vitória em 2022.
“O que vou fazer, à luz do dia, na frente de todos, é tentar capturar um pedaço de centro-direita para uma ampla aliança na centro-esquerda. Se eu conseguir isso, vou ser o próximo presidente do Brasil. Se não, eu boto a viola no saco e vou ser um livre pensador”, afirmou.
No entanto, apesar de dizer que gostaria de ser candidato em 2022, Ciro declarou que não necessariamente o seu nome será lançado em uma eventual chapa nas eleições. “Eu quero ser, mas não me imponho”.
O ex-governador cearense apoia uma aliança entre PDT, PSB, Rede e PV para a travessia de um primeiro grande obstáculo, “com meus 15%, 14% [de intenções de votos]”, para depois se discutir a continuidade desse processo.
Ciro critica Lulopetismo
Ciro avaliou ainda que, nas eleições municipais de 2020, o bolsonarismo e o lulopetismo foram os grandes perdedores. O PT deixou de conquistar capitais pela primeira vez e viu seu número de prefeituras cair quase um terço.
“Esse lulopetismo sai completamente desmoralizado dessas eleições do Brasil. Espero que essas confrontações odientas sejam mandadas brigar lá fora, para que a gente possa construir aqui em audiência com a lição das urnas. O Brasil está sendo destruído do ponto de vista do seu tecido econômico e sua situação de contas públicas”, afirmou.
Ao longo da entrevista, Ciro afirmou que o PSOL representa uma “esquerda raiz” no bom sentido, que não contemporizou com a “roubalheira” do PT, além de criticar a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, e o lançamento da candidatura de Jilmar Tatto (PT) à Prefeitura de São Paulo.
Para ele, PSOL e Guilherme Boulos representam uma “possibilidade” de os jovens serem de esquerda no Brasil sem se associarem com problemas do PT.
Com informações da Folha de S. Paulo e UOL
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