
A rede social conservadora Parler foi desativada nesta segunda-feira (11) após a Apple e a Amazon suspenderem, no sábado (9), o aplicativo de suas lojas virtuais e de seus serviços de hospedagem. Na sexta (8), o Google já havia tomado decisão semelhante.
A popularidade da rede social disparou nas últimas semanas, tornou-se um refúgio para alguns internautas indignados com a política de moderação de redes sociais como o Twitter, que encerrou a conta de Donald Trump em definitivo, na sexta-feira (9). O Parler atingiu em novembro 13 milhões de usuários, enquanto o Twitter tem 330 milhões.
Em posts divulgados na Parler havia mensagens de apoio aos que invadiram o Congresso na quarta-feira (7). Algumas delas também convocaram a realização de novos protestos contra o resultado da eleição presidencial de novembro, vencida pelo democrata Joe Biden.
Google, Apple e Amazon alegam que a rede social não tomou medidas adequadas para evitar a disseminação dessas postagens. O site, com sede em Nevada, pediu a um tribunal federal uma medida para impedir que a Amazon Web Services cortasse seu acesso a servidores de internet.
Na carta ao Parler, a Amazon disse que enviou à empresa 98 exemplos de postagens em seu site que incentivam a violência.
“A Amazon fornece tecnologia e serviços a clientes em todo o espectro político e continuamos a respeitar o direito do Parler de determinar que conteúdo permitirá em seu site. Mas não podemos fornecer serviços a um cliente que é incapaz de identificar e remover com eficácia o conteúdo que incentiva ou incita à violência contra outras pessoas”, disse a Amazon na carta.
Agora que as empresas deixaram claro que tomarão medidas contra sites e aplicativos que não policiam suficientemente o que seus usuários postam, isso pode ter efeitos colaterais significativos. Várias empresas alternativas cortejaram os apoiadores de Trump com promessas de “imparcialidade” e de “liberdade de expressão”, que não passam de ambientes livres para o discurso de ódio.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo