Grupo de hackers brasileiros informou que o vazamento será sistemático

Dados confidenciais da família Bolsonaro e dos ministros da Educação e dos Direitos Humanos estão disponíveis no site Pastebin, após o vazamento ser anunciado pela célula brasileira descentralizada de hacktivistas Anonymous em rede social.
Até o momento, foram disponibilizadas informações pessoais de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), Douglas Garcia (deputado estadual — PSC), Abraham Weintraub (ministro da Educação), Daniela Weintraub (esposa de Weintraub), Damares Alves (ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) e Luciano Hang (cofundador da Havan).

O documento traz informações como celulares válidos, e-mail, endereços, bens declarados, participação em empresas, score do Cadastro de Pessoa Física (CPF), além de dívidas registradas. Parte dos dados é de domínio público e foi apenas organizado para a divulgação no Twitter.
Um dos alvos do vazamento, o parlamentar Douglas Garcia, havia pedido em sua rede social nomes de pessoas autodenominadas “antifascistas” e seus respectivos ‘comprovantes’ para serem encaminhados ao seu e-mail corporativo com o intuito de perseguir esses perfis.
A ação brasileira provavelmente foi inflamada após ações de Anonymous internacionais. No entanto, não demorou muito para que os arquivos upados no Pastebin fossem removidos pelo próprio site e o perfil Anonymous Brasil ter sua conta do Twitter suspensa.
Bolsonaro filiado ao PT
Com o vazamento de dados do presidente Jair Bolsonaro e dos filhos, internautas acabaram fazendo ‘filiações’ em massa deles ao Partido dos Trabalhadores (PT). Na manhã desta terça, era possível ver diversos nomes aguardando resposta da legenda quanto à aprovação.
Por meio do sistema de filiações do PT, foi possível ver alguns nomes inscritos pelos internautas após o vazamento de dados pelo perfil Anonymous Brasil.
Diversas pessoas relataram, por meio de redes sociais, que Jair Bolsonaro já estava ‘filiado’ ao partido minutos após a divulgação dos dados. Um pou-up era aberto quando a pessoa tentava finalizar o cadastro, alertando que o CPF de Bolsonaro já estava ligado à uma filiação.