
Candidato de Jair Bolsonaro ao comando da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) é famoso em seu estado pela participação em leilões com seus bois gordos. A vida de empresário rural cresceu na época em que o deputado participou de esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa alagoana.
Pelo menos é isso que aponta o relatório da Operação Taturama, ocorrida no longínquo ano de 2007. Segundo a PF, Lira comprou duas fazendas em Pernambuco por R$ 3,8 milhões entre 2005 e 2007. O deputado foi condenado por improbidade administrativa em segunda instância. Mas está recorrendo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Por peculato e lavagem de dinheiro, foi absolvido em primeira instância.
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O Ministério Público apelou ao Tribunal de Justiça de Alagoas. A informação foi divulgada neste domingo (17), na coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo.
Em nota, Arthur Lira diz que “as acusações foram declaradas nulas pela Justiça de Alagoas”.
“A decisão judicial que absolveu o deputado aponta que, mesmo diante de avisos do STF e Receita Federal, a investigação e acusação persistiram em vícios na apuração, sendo irregulares e até ilegais. O juiz continua ao indicar que a coleta de provas de modo irregular é prática vetada pela Constituição e código do direito”, completa. Quando anunciou o recurso contra a sentença de primeira instância, o Ministério Público de Alagoas disse que “está certo que essa decisão em nada afeta seu mérito ou inexistência de sua autoria, já reconhecidos pelo Tribunal de Justiça de Alagoas em condenação por ato de improbidade administrativa”.
Com informações do jornal O Globo