
Perdoado por Jair Bolsonaro (PL) e contumaz descumpridor de decisões judiciais, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), vai integrar quatro importantes comissões da Câmara dos Deputados, entre elas a de Constituição e Justiça (CCJ), além de ser escolhido para vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.
Em mais um descalabro da Casa, recebeu todos os 20 votos dos deputados que votaram na única chapa que disputou o comando da comissão.
Ele também vai integrar a Comissão de Esportes e será suplente na de Educação.
Condenado a mais de 8 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada e ser indultado por Bolsonaro em seguida, choca ainda mais ele ser membro efetivo da comissão que analisa justamente se as propostas apresentadas na Câmara são constitucionais. Todos os projetos precisam ter o aval da CCJ para tramitar.
O que mostra que, apesar dos parlamentares bolsonaristas tentarem manter distância de Silveira nos holofotes durante a reunião da CCJ, conforme o apurado pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, nos bastidores seguem firmes na blindagem do parlamentar.

Somado a isso, Silveira segue descumprindo a determinação do STF para usar a tornozeleira eletrônica.
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Livre, leve e solto
Desde o domingo de Páscoa, no último dia 17, ele está sem monitoramento. Informação confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.
De acordo com a CNN, Silveira decidiu que o indulto injustificável concedido por Bolsonaro se estende também ao monitoramento eletrônico.
Bem diferente do entendimento do Supremo que descarta que o indulto de Bolsonaro se aplique às outras medidas. O plenário da Corte também deve decidir se o perdão de Bolsonaro ao seu aliado tem validade.
Com informações da Folha e g1