
Ex-governador do Maranhão e senador eleito, Flávio Dino (PSB) usou as redes sociais para reagir à declaração pedófila de Jair Bolsonaro (PL), que disse ter ‘pintado um clima‘ entre ele e uma menina de 14 anos.
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“Esse sujeito tem o dever legal de agir contra crimes. E não estimulá-los. Ao falar em ‘pintar clima‘ com ‘menininhas bonitinhas de 14 anos’, ele está confessando e autorizando pedofilia. Mais uma vez, se revela o quanto é mentira que esse sujeito defende a ‘família'”, escreveu Dino.
Em outro tweet, Dino se indigna com a situação revoltante e afirma que “não podemos ter um pedófilo na presidência da República”.
“Pintou um clima” com uma menina de 14 anos ?? Um sujeito de quase 70 ? Pediu para entrar na casa da menina !! Esse que é o defensor da “família tradicional” ?
— Flávio Dino 13 🇧🇷 (@FlavioDino) October 15, 2022
Esse sujeito, a cada dia, se supera no seu comportamento abjeto. Não podemos ter um PEDÓFILO na presidência da República
O socialista comenta a fala de Bolsonaro durante a participação no podcast ‘Paparazzo rubro-negro’, na última sexta-feira (14). Durante a entrevista, ele afirmou que, quando visitava uma comunidade, já como presidente da República, encontrou meninas de “14 ou 15 anos”, “bonitas”, “arrumadinhas”. Na sequência, ele afirmou que “pintou um clima” e entrou na casa que, ao que tudo indica, explorava a prostituição infantil. Veja abaixo:
O canalha do Bolsonaro fala que “PINTOU UM CLIMA” entre ele e uma criança de 14 anos quando visitou Brasília (ele já presidente).
— Jones Manoel – YouTube: Jones Manoel (@jonesmanoel_PCB) October 15, 2022
ASSISTAM e veja o que Bolsonaro fala de uma criança de 14 anos! pic.twitter.com/Hq8DBqsS9B
Defesa de Bolsonaro mente
Em uma tentativa de ‘limpar’ a imagem do candidato a reeleição com a proximidade do 2º turno,a primeira-dama Michelle Bolsonaro saiu em defesa do marido e argumentou que ele costuma usar a expressão “pintou um clima” de forma corriqueira. A afirmação de Michelle, contudo, se mostrou mentirosa.
Em um levantamento do jornal Estadão, que consultou uma base de dados que contém transcrições de 128 lives realizadas pelo presidente Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, a expressão não foi registrada uma vez sequer.
Os dados que reúnem com áudio e texto de falas do presidente começaram a ser compilados e publicados no fim do ano passado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), por meio da ferramenta Pinpoint, do Google. A base inclui agora transmissões até julho de 2022. Segundo a associação, que continua a atualizar o conjunto de transcrições das lives, nem todas foram disponibilizadas porque parte dos vídeos foi removida por ordem judicial.