
Em reunião ministerial, o presidente Jair Bolsonaro teria exposto que não iria divulgar a “porcaria” de um exame de novo coronavírus que poderia eventualmente levar um processo de impeachment, segundo relatos de fontes que acompanharam a exibição do vídeo do encontro na manhã desta terça-feira (12).
O vídeo da reunião segue mantido sob sigilo por determinação do decano do STF, ministro Celso de Mello, relator do inquérito que apura as acusações de Moro de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal.
Bolsonaro teria ressaltado, ainda, que ele é quem “comanda as Forças Armadas” e as usaria se preciso “para evitar um golpe”.
Depois de questionar sucessivas vezes o Palácio do Planalto e o próprio presidente sobre a divulgação do resultado do exame, o Estadão entrou com ação na Justiça na qual aponta “cerceamento à população do acesso à informação de interesse público”, que culmina na “censura à plena liberdade de informação jornalística”.
A Presidência da República se recusou a fornecer os dados via Lei de Acesso à Informação, argumentando que elas “dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, protegidas com restrição de acesso”.
O caso aguarda uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos bastidores há a expectativa que Mello retire o sigilo do conteúdo entre hoje e amanhã.
Com informações do Estadão.