
O presidente Jair Bolsonaro (PL) já gastou praticamente R$ 5 milhões dos cofres públicos com seus passeios de motocicleta, as chamas motociatas, de acordo com levantamento realizado pela Folha a partir de mais de 50 pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI).
A soma feita pelo jornal levou em conta as despesas com o cartão de pagamento do governo federal, informadas pela Secretaria-Geral da Presidência, e os gastos assumidos pelos estados para garantir a segurança da população e da comitiva de Bolsonaro.
Não está incluída no cálculo final a viagem do presidente Bolsonaro ao Paraná para o evento que ocorreu no dia 6 de novembro, pois o custo ainda não foi informado pela Presidência.
A Polícia Militar do Paraná também não informou os custos com a visita do presidente, alegando que as despesas “não são processadas de maneira centralizada”.
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Sigilo
A Presidência informou os valores gastos com as viagens de Bolsonaro através da Lei de Acesso à Informação, mas não compartilhou detalhes a respeito das despesas, mantidos sob sigilo.
Os gastos da comitiva presidencial nessas viagens estão sendo analisados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) a pedido de integrantes da CPI da Covid no Senado.
CPI do Genocídio
Em outubro, a cúpula da CPI do Genocídio aprovou um pedido de acesso ao processo do Tribunal de Contas da União (TCU), a respeito das motociatas de Jair Bolsonaro, de acordo com informações do UOL.
O requerimento foi apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), autor também dos pedidos de investigação das motociatas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Procuradoria-Geral da União (PGR).
Os senadores que integram a comissão pretendem apurar os gastos dos eventos e a caracterização das motociatas como campanha eleitoral antecipada, o que não é permitido.
Além disso, querem investigar, ainda, o visível desrespeito às medidas sanitárias de combate à pandemia da Covid-19 e estímulo à propagação do vírus.
Revista Fórum com informações da Folha