
Articuladores políticos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) têm trabalhado com um mapa de 500 cargos federais a serem preenchidos em troca de votos para Arthur Lira (PP-AL) o candidato do governo à presidência da Câmara. A informação foi divulgada neste domingo pelo jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo.
De acordo com o colunista, o próprio Lira tem atuado para dar forma a esse mapa de apoio na Casa. No momento, a eleição do integrante do Centrão se tornou prioridade absoluta para o Palácio do Planalto. Responsável por comandar a “troca de favores”, o ministro Luiz Eduardo Ramos, inclusive, deve deixar a articulação política do governo para ser transferido para a Secretaria-Geral somente após a eleição do parlamentar.
R$ 6,1 bi em emendas
De acordo com uma revelação feita no início de dezembro pelo jornal Folha de S.Paulo, o governo desembolsou R$ 6,1 bilhões de emendas parlamentares para comprar votos para eleição de Lira na Câmara.
Líderes dos partidos e deputados estão sendo orientados a negociar diretamente com o deputado alagoano a liberação de recursos de emendas que devem ser cobertas pelo Projeto de Lei 30/2020, que abriu o crédito bilionário no orçamento.
Rossi é aposta contra Bolsonaro
Na última quarta-feira (23), o grupo de oposição a Lira comandado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), formalizou a indicação de Baleia Rossi (MDB-SP) como candidato do bloco. Enquanto aliados de Bolsonaro se articulam para angariar apoio ao representante do Centrão, Maia tenta evitar “fogo amigo” contra o emedebista.
Maia endossou a escolha do nome de Baleia em detrimento de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que era o predileto da oposição. O bloco conta com 11 partidos (DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania, PV, FT, PSB, PDT, Rede e PCdoB) e 268 deputados.
Com informações do jornal O Globo e Folha de S.Paulo