
Por Marcelo Hailer
O processo que deve analisar a adesão o Brasil à Organização e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ficar para depois das eleições de 2022.
Leia também: Vergonha: jornalista relata a situação deprimente de Bolsonaro no G20
A França, por meio de seu presidente, Emmanuel Macron, é o principal opositor e tem negociado com os outros países para que a análise não ocorra.
Além disso, há um consenso entre os líderes dos países que compõem a OCDE de deixar a análise para depois das eleições, pois, não querem validar as políticas ambientais do governo Bolsonaro.
Há outros países que pleiteiam vaga na OCDE. dois da América do Sul (Argentina e Peru) e três europeus (Romênia, Bulgária e Croácia).
Proteção da Amazônia
O presidente Bolsonaro se encontrou, neste sabado (30), em Roma, com o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, que teria dito ao presidente que o “Brasil figura como um candidato muito sério”.
Em defesa da candidatura do Brasil, Bolsonaro informou ao secretário-geral da OCDE que o mundo “mal-informado sobre a política ambiental brasileira”, principal entrave no aceite do Brasil como membro da OCDE.
No sábado (30), Bolsonaro afirmou na capital italiana que o Brasil deseja entrar na OCDE.
“Queremos ascensão à OCDE. (…) É difícil, né? Mas pelo que tudo indica, ao invés de um país, a ideia é de seis países simultaneamente adentrarem na OCDE. Facilita, se essa tese for avante, a entrada do país na OCDE”, disse Bolsonaro.
Estados Unidos, Holanda e França são os principais opositores do Brasil e argumentam que, se o país for aceito, a política de destruição do verde, perpetrada pelo governo Bolsonaro, será validada.
Todavia, a secretária do Tesouro, do governo de Joe Biden, teve uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, onde trataram de questões bilaterais e políticas de proteção da Amazônia.