
Da última segunda-feira (15) até o fim do domingo (21), o Brasil teve um aumento de 23% nas mortes causadas pela Covid-19 e registrou a semana mais letal desde o início da pandemia e a terceira seguida de recorde, com 15.813 vítimas da doença.
Em meio à escalada da doença, esse também foi o pior fim de semana da pandemia em número de óbitos no país: 3.728 vítimas em 48 horas. Somente nas últimas 24 horas, as secretarias estaduais de Saúde contabilizaram 1.259 mortes, e a média móvel de sete dias de óbitos pela doença chegou a 2.255, o 23º recorde seguido. Na semana passada, de 8 a 14 de março, foram 12 mil óbitos, e na anterior, de 1º a 7 de março, outros 10.500.
O país também teve 47.107 casos de Covid, e chegou a 11.996.442 pessoas infectadas. O recorde de casos em 24 horas ocorreu na última quarta (17), 90.830 infecções. Os dados brasileiros são do consórcio de veículos de imprensa integrado pela Folha de S.Paulo, Uol, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 e coletados até as 20h com as secretarias de Saúde.
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O Brasil é o segundo país no mundo com mais mortos e infectados pela Covid-19, com 294.115 vítimas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, onde 542.356 morreram e 29.818.528 casos da doença foram confirmados. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a Covid-19 já matou 2.716.774 e infectou 123.292.803 em todo o mundo.
Doença que mais matou em 2021 no Brasil
No período entre 1º de janeiro e 18 de março deste ano, a doença causada pelo coronavírus foi a maior causa isolada de mortes no Brasil em 2021, com 92 mil óbitos, segundo levantamento feito pela CNN, com base em dados do Portal da Transparência de Registro Civil da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).
O número corresponde a 28% do total das mortes no ano. Dados de anos anteriores do Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) mostram que, com 272 mil mortes em um ano, a doença seria a principal causa de óbitos no país, quando comparada com a média anual por outros motivos.
Somadas, as doenças respiratórias – como a síndrome respiratória e as pneumonias – representam 15% das mortes deste ano, de acordo com os dados da Arpen, enquanto infarto e doenças do coração corresponderam a 12% do total. AVC e doenças indeterminadas, 7%.
Todas as demais causas de morte – desde as naturais, como diabetes e câncer, até as não naturais, como acidentes de trânsito e homicídios -, somadas, representaram 29% do total.
Com informações da CNN Brasil e Folha de S.Paulo