
O Brasil chegou à marca das 5 milhões de pessoas infectadas pelo coronavírus no fim da quarta-feira (7) desde a primeira notificação da doença no país, em 26 de fevereiro. No total, 148.304 brasileiros já morreram por causa da infecção, sendo que 733 novos óbitos foram contabilizados desde 20h do dia anterior, segundo balanço feito pelo consórcio de imprensa junto às Secretarias Estaduais de Saúde.
A média diária de óbitos é de 631, uma variação de -9% em relação aos dados registrados em 14 dias. É o 15º dia seguido com essa média abaixo da casa dos 700. Também é a menor média móvel de mortes desde o dia 11 de maio.
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De acordo com o Ministério da Saúde, por sua vez, 4.391.424 brasileiros já se recuperaram da contaminação e 461.042 seguem em acompanhamento. O Ministério também registrou 31.553 novas infecções elevando o total a 5.000.694. Também foram notificadas pela pasta 734 novas mortes em decorrência da Covid-19.
De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o terceiro país do mundo a ultrapassar o patamar de 5 milhões de casos, após os Estados Unidos e a Índia, com 7,5 milhões 6,7 milhões de casos, respectivamente. Já em relação ao número de mortes, fica abaixo somente dos EUA. Ao todo, o mundo já superou a marca de 1 milhão de mortos.
Brasil: mais infectados do que se sabe
Embora a quantidade já seja alarmante, especialistas afirmam que esse número pode ser, no mínimo, três vezes maior.
Alessandro dos Santos Farias, professor do Instituto de Biologia e Coordenador da Frente de Diagnóstico da Força-Tarefa de enfrentamento ao coronavírus da Unicamp, faz essa análise por causa da falta de testes em massa e com base em outros dados, como a letalidade no país, que está em 3%, segundo o ministério.
“Pode ser muito maior, mas pelo menos em torno de 3 vezes maior porque estamos em 3% de letalidade e a média [mundial] é 1%. Aí, você tem que assumir que o vírus é muito mais agressivo no Brasil ou que houve um colapso total no sistema de saúde. Mas isso não aconteceu. Então a taxa de mortalidade é irreal”, afirma.
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Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), concorda com Farias. “Esse número [de casos] pode ser três vezes maior, porque para cada diagnosticado nós temos de 3 a 5 pessoas que não fazemos diagnóstico e isso acontece porque a gente não tem disponibilidade para testar todo o mundo”, analisa.
Com informações do G1 e R7