
O PSB e o PT deverão estar juntos na eleição presidencial de 2022. Mas, o apoio do partido liderado por Carlos Siqueira depende da aliança com o PSB em seis estados e a posição de vice na chapa que será encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o presidente do PSB, as conversas estão avançando. “O que eu disse para o PT? O PT tem que escolher o que ele quer. A Presidência da República? Ótimo, e nós podemos até apoiar, não há problema. Agora, nós precisamos ter, conquistar nossos espaços de poder, espaços significativos”, disse.
Siqueira citou que colocou aos petistas “as questões dos nossos pré-candidatos a governador e estabelecemos, inclusive, as prioridades”. Elas seriam as campanhas estaduais em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Acre e Rio de Janeiro. “São estados fundamentais, importantíssimos.”
O PT tem que escolher qual é o objetivo principal deles. Se ele não escolher e colocar vários, nós também temos o direito de pensar em outro caminho. Mas, até agora, tem havido receptividade da direção nacional
Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB
Siqueira ressalta que, para desenvolver uma aliança, ainda levará um tempo, focando a discussão em questões programáticas, uma vez que o PSB discute a Autorreforma partidária. “Não se pode reduzir a eleição a um vice. Ela tem uma finalidade, que deve ser explícita no programa, que também deve abranger sugestões do PSB e de outros aliados que o PT eventualmente possa conquistar”, explica.
A previsão dele é que haja uma definição daqui a dois ou três meses. “Para nós, não tem complicação nenhuma. Se tem para o PT, o problema é do PT, não é nosso. Se houver complicações, eles que resolvam. Nós estamos com nossos candidatos postos e não vamos tirar”, diz.
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Entre os casos a serem debatidos, está a eleição ao governo do Rio de Janeiro, onde Marcelo Freixo (PSB-RJ) é candidato. Freixo fez uma comparação com a eleição de 2018 para reforça sua posição em busca de uma união entre os partidos. “O fato de a gente não ter conseguido uma unidade plena levou o Brasil a sofrer essa derrota em 2018. A gente não pode cometer o mesmo erro”, disse. “Acho que a realidade mais aguda faz com que a gente tenha uma maior obrigatoriedade desse acordo e acho que ele vai acontecer.”
Márcio França (PSB), candidato ao governo de São Paulo, onde o ex-governador é o nome do PSB para concorrer, é considero nome chave da negociação que envolve ainda Geraldo Alckmin (PSDB), agora cotada inclusive para ser vice de Lula. Nada foi confirmado pelas assessorias tucana e petista. “Depende muito mais deles acertarem do que da gente. Depende mais de como eles valorizam. Eles podem ir sozinhos e ganhar? Se acharem que dá para ir sozinho e ganhar, vão tentar”, finaliza.
Com informações do Uol