
Por Julinho Bittencourt
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) ofereceu mais quatro ministérios para o centrão, bloco político do Congressso Nacional. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, ainda não há definição de quais ministérios seriam entregues ao grupo. O certo mesmo é que dois iriam para o Senado e outros dois para a Câmara dos Deputados.
O colunista informa ainda que um dos líderes do bloco, que é base de apoio do presidente no Congresso, afirmou que o grupo não deixa o governo tão cedo: “Antes de 2 de abril, ninguém sai”.
A data é o prazo final para a desincompatibilização de quem disputará as urnas de outubro, nas eleições de 2022, quando Bolsonaro pretende disputar a reeleição.
O grupo, por sua vez, está empenhado em apaziguar a crise política entre os poderes. Os ministros do governo próximos do centrão tentam fazer acontecer o encontro entre os Três Poderes que foi cancelado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, em meio aos ataques do chefe do Executivo ao Judiciário.
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Ciro Nogueira (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo) estão nas articulações para reunir Fux e Bolsonaro. Há expectativas de que o encontro ocorra na próxima semana.
Nesta quarta, Ciro Nogueira foi pessoalmente se encontrar com Luiz Fux. O ministro teria repetido a tese de que funcionaria como “amortecedor” de Bolsonaro. Os ministros posaram para uma foto segurando a Constituição. O presidente, no entanto, participa de atos antidemocráticos.
“No encontro com o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Luiz Fux, consenso sobre o que nos une a todos: Executivo, Legislativo e Judiciário. O Brasil, o nosso futuro, a harmonia entre os Poderes, sintetizados no símbolo que é a nossa Constituição”, disse Nogueira no Twitter.