
O social-democrata Olaf Scholz (SPD) deve ser eleito, no início de dezembro, para o cargo de chanceler da Alemanha, no lugar de Angel Merke, após 16 anos no cargo.
Foram quase dois meses de negociação para a formação de um governo e o acordo de coalização.
“Estamos unidos pela vontade de tornar este país melhor”, disse Olaf Scholz, nesta quarta-feira (24), ao lado de representantes dos partidos Verde e Liberal Democrático (FDP).
Os três partidos começaram as negociações em outubro. Agora, precisam aprovar internamente o acordo de coalização, que tem 177 páginas.
Se essa etapa for bem-sucedida,Scholz deve ser eleito pelo Bundestag (Parlamento) na semana do dia 6 de dezembro como sucessor de Angela Merkel no cargo de chanceler federal.
A conservadora Merkel vai deixar o poder após 16 anos. Já a nova coalizão deve marcar a volta de um governo liderado pelo Partido Social-Democrata após mais de uma década e meia.
Scholz é atualmente ministro das Finanças do governo Merkel, como parceiro minoritário de coalizão, e nas eleições de setembro seu partido ultrapassou a União Democrata Cristã (CDU) da atual chanceler.
Também nesta quarta, Scholz prometeu implementar “políticas de alto impacto”.
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Acordo sobre clima dos partidos da Alemanha
As mudanças climáticas tiveram grande peso nas negociações e, apenas nesta terça-feira (23), social-democratas, verdes e liberais chegaram a um consenso sobre o tema proteção climática.
O acordo prevê uma expansão maciça das energias renováveis. A meta é fazer com que até 2030 as energias eólica e solar cubram 80% do consumo de energia na Alemanha e um terço dos carros sejam completamente elétricos.
Pouco tempo depois, licenças para veículos com motor a combustão deverão deixar de ser concedidas. A coalizão também pretende antecipar o abandono da energia a carvão de 2038 (meta atual) para 2030.
O acordo ainda prevê um aumento do salário mínimo – dos atuais 9,5 euros por hora para 12 euros – e a criação de um Ministério da Habitação.
O combate à covid-19 também é uma questão prioritária “em uma altura em que todos os dias assistimos a um novo máximo de incidência”, disse Scholz.
Com informações do DW