
Em entrevista à CNN, o governador do Acre, Gladson Camelli (PP-AC), afirmou que a situação no estado já está chegando ao limite. A região passa por problemas decorrentes das enchentes dos rios e transbordamento dos igarapés, com mais de 10 cidades afetadas, incluindo a capital, somando mais de 130 mil pessoas atingidas. Além disso, um surto de dengue colabora para o caos no sistema de saúde do estado, já prejudicado pela pandemia da Covid-19.
Durante a conversa, Camelli se referiu à atual realidade do local com grande preocupação. Ele comentou que os vários problemas acontecendo ao mesmo tempo geraram uma situação humanitária de calamidade.
“É uma situação delicadíssima e eu peço a compreensão e a ajuda de quem está acompanhando porque eu preciso proteger a população. E, com tudo que ‘tá’ acontecendo, eu vou te dizer que nós estamos vivenciando, como se fosse, uma terceira guerra mundial”, alertou.
Recursos escassos no Acre e falta de vacina
Todos esses problemas, segundo o governador, já afetam o caixa do estado. Segundo ele, os recursos para custeio – ligados à manutenção, pagamento de contratos de serviços, benefícios, etc – só durarão pelos próximos 60 dias.
Além disso, Gladson Camelli também destacou a importância da imunização coletiva da população do Acre. Ele argumenta que as novas cepas do vírus que surgiram na região do Amazonas colocam em risco tanto a população acreana, quanto as demais regiões brasileira. Camelli acrescenta que a população reduzida do estado não geraria um impacto tão significativo no Plano Nacional de Vacinação.
“O apelo que eu faço, tanto ao Governo Federal, é que nós estamos vivenciando um momento ímpar aqui no Acre. Então tá na hora do mundo, as pessoas poderem nos ajudar. Por que, não? Nós somos só 860 mil habitantes, nós precisamos imunizar essa população. […] que a Anvisa consiga acelerar os processos de certificação dos laboratórios para que a gente tenha alternativas”, disse ele.